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Aula 1 - Pilotagem

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Mensagem  Sköll K. Landvaettir Dom Out 11, 2015 7:02 am

Aula 1 - Pilotagem
O som do coturno ecoava pelas paredes de pedra das masmorras enquanto eu passava por ela. Levar a torre dos Centurions para lá havia sido uma mudança em cima da hora, mas aos poucos o local ficava com a nossa cara.
Me dirigia em passos rápidos até o campo na parte externa da Fundação, local onde eu daria minha primeira aula do dia.
Fazia um clima adorável, o céu estava nublado, o calor parecia ter desaparecido no limbo e mesmo sendo depois das 10 da manhã o campo ainda estava imerso a neblina.
Eu havia preparado aquele campo ontem a noite, as motocicletas estavam estacionadas no inicio do campo e havia um caminho, como se fosse uma pista de corrida pintada, muitas curvas e aparelhos eletrônicos pelo caminho.

Aula 1 - Pilotagem 955549609

Chequei as motocicletas, uma a uma, enquanto esperava as pestes chegarem.
Não demorou muito para as pequenas pragas chegarem até o campo, a cara de animação deles era tão contagiante que eu quase me importava com o fato deles odiarem ter que acordar cedo.
- Bom dia, novatos - falei, desencostando da motocicleta e ficando de frente para eles.
- Meu nome é Sköll, e serei a professora de vocês de algumas matérias esse ano. Mas vocês já sabem disso. - suspirei - Eu odeio essa coisinha infantil que todos os professores fazem de pedir para que o aluno se apresente, e fale sobre ele mesmo. Esqueçam isso. - coloquei a mão dentro da mochila que estava jogada ao lado da minha motocicleta e  tirei as chaves que estavam lá.
- Se quiserem falar seus nomes quando chegar a vez de vocês para fazer o percurso, ótimo, se não, eu descubro sozinha mesmo. - sorri com o canto dos lábios e chamei para que eles se aproximassem das motocicletas.
- Quantos aqui sabem pilotar uma motocicleta ou algo do tipo ? - pergunto, vendo alguns levantarem as mãos e outros se encolherem.
- Bem, por mais que você saiba voar, controlar alguma coisa para poder se mover ou coisa do tipo, vocês não podem contar somente com seus poderes para isso. - andei em volta dos alunos e escolhi um deles, ele parecia estar todo confiante, o peito estufado e uma sobrancelha arqueada.
- Você. - falei apontando para ele. - Porque precisamos aprender a pilotar todos os meios de transporte ? - ele pareceu pensar um pouco, e depois de desistir deu de ombros. Suspirei enquanto abaixava levemente a cabeça me segurando para não afundar aquele garoto no chão.
- Alguém ai sabe ? - pergunto, esperando que outro aluno respondesse.

- Está correto, porque se algo acontecer com nossos poderes, precisamos saber improvisar. Imaginem quer vocês estão fugindo de um inimigo e ele retirou seus poderes, acha mesmo que correr a pé seria a melhor opção ? - Joguei as chaves para os alunos que estavão mais a frente e dei as costas.
- Na verdade, correr nunca seria a melhor opção... Mas vamos lá. - Peguei a chave da minha motocicleta e a liguei.
- Eu não estou aqui para ensinar vocês o básico. Ligar uma motocicleta e ficar em cima dela deve ser natural para qualquer um, estou aqui para ensinar a realmente pilotar, de forma segura e prática. E qual a melhor forma de fazer isso ? - olhei para todos e voltei a falar. - Na prática, claro. -
Subi na motocicleta e a liguei, fiz uma curva fechada para poder parar na frente dos alunos. - Eu preparei uma pista de obstáculos para vocês. Vou primeiro para poder demonstrar mas já aviso, não será fácil. - Esbocei um sorriso cínico no rosto, e dei novamente uma derrapada, já pegando velocidade.
- E lembrando, está no aleatório. - dei uma gargalhada alta já entrando na pista previamente preparada em alta velocidade.

Aula 1 - Pilotagem Motorcycle_Run_in_Fortuna_CA


Enquanto percorria a pista rapidamente, uma arma levantou-se do solo e começou a atirar contra a motocicleta, criei uma grande foice em minha mão e a cortei do lugar, fazendo uma curva fechada e quase derrapando, em seguida, duas outras armas apareceram a minha frente, uma de cada lado da pista. Empinei a motocicleta enquanto trocava de arma, jogava a foice no chão e criava uma arma de gelo, ao pousar a motocicleta no chão novamente, atiro com a arma criocinética duas vezes, paralisando as armas enquanto passava. Outra curva fechada e então o chão começa a se mover, ele se levanta de uma vez ficando a uma altura mais ou menos de 3,m do chão. Acelero ainda mais e puxo levemente o guidão para cima assim que salto com a moto, amortecendo a queda logo depois, e fazendo outra curva fechada. Assim que passei pela curva, bolas metálicas passaram a me seguir, ou seguir a motocicleta, não lembro realmente como eu havia programado isso. Crio outra arma criocinética e começo a congelar as bolas, mas uma acerta a moto em cheio, fazendo-a chacoalhar bastante. Jogo a arma para trás, usando ambas as mãos para controlar a motocicleta. Quase chegando no final da pista, um grande aro apareceu a poucos metros a minha frente, e logo em seguida começou a pegar fogo.
- Eu tinha esquecido disso. - falo rindo, tomando impulso com a motocicleta e fazendo-a pular por dentro do aro em chamas.

Mais alguns metros e eu estava novamente onde todos os alunos estavam, retirei o capacete e sorri.
- Então, quem começa ? - esperei um deles falar que iria primeiro e fiquei observando, pronta para ajudar caso algo desse errado.


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Mensagem  Luuk Bordeaux Dom Out 11, 2015 11:39 pm

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Mensagem  Destroer Dom Out 11, 2015 11:39 pm

O membro 'Luuk Bordeaux' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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Mensagem  Luuk Bordeaux Ter Out 13, 2015 3:08 pm





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A cada aula que passava, a diretora Centurion parecia um tanto mais radical com suas respectivas lições, o que tornava as aulas um tanto mais desafiadoras e divertidas, embora o risco de vida também aumentasse consideravelmente...
Nunca havia sequer chegado perto de uma motocicleta na vida, o que de repente poderia atrapalhar totalmente o andamento da aula... Bem, para tudo na vida há uma primeira vez... Se eu não subisse no veículo e levasse umas boas quedas antes de aprender a pilotar, não faria muito sentido ter me inscrito para essa aula. Eu já não esperava que a aula fosse minimamente parecida com uma auto-escola, então o jeito é penar para aprender na raça.
Enquanto devaneava sobre o desafio que a professora poderia propor naquela pista sinuosa, a professora perguntou mais uma vez, e mais uma vez arrisquei a resposta e levantei a mão, falando brevemente.
— Por questão de improviso. Nunca se sabe o que o adversário nos reserva... Mesmo sem poderes, quanto maior o preparo, menor a chance de falha.

Ouvidas nossas respostas, Sköll tomou parte de demonstrar as maravilhas mecânicas da pista de corrida do inferno, como suas bolas de ferro, armas acopladas e um belíssimo aro flamejante... A nossa tutora levou o significado de improvisação à décima potência, usando seus poderes para subjugar a pista, embora com umas dificuldades técnicas vez ou outra por conta da própria dificuldade da rota. Eu e uns outros alunos estávamos completamente trancados pela dificuldade da provação, que alguns alunos mas hábeis conseguiam dominar sem muito esforço, enquanto outros nada podiam fazer senão tentar — simplesmente tentar— completar o percurso vivos...
Aluno após aluno, finalmente chegou minha vez de, como diriam meus conterrâneos, "être dos au mur"... Não tendo outra opção, fui eu subir num troço daqueles e cavar minha própria cova.
Ligar, dar a ré e acelerar eu já sabia por ter observado bem os primeiros corredores, mas as marchas eram uma maldita incógnita que com certeza me lascaria logo no início!
Dada a partida e tendo acelerado alguns metros, já podia ver a primeira curva, torcendo internamente para não ter o azar de encontrar artilharia pesada como obstáculo. A velocidade com que pilotava aos poucos ia aumentando, tentando me manter estável e concentrado, embora a tensão estivesse secretamente me consumindo por dentro.
Então veio a primeira curva, minha velocidade era suficiente para cruzá-la em poucos segundos, porém algo estava me desestabilizando, como se o chão estivesse se erguendo rapidamente num rangido suave de engrenagens, e antes que a curva terminasse, percebi que era isso mesmo. Estava dirigindo em cima de uma plataforma alta, e a menos de dez metros de mim, havia um declive de no mínimo três metros. Qualquer piloto de motocross habilidoso conseguiria transformar aquela queda num pouso tranquilo, mas entre piloto e habilidoso, no momento eu não era nenhum dos dois e acelerando mais e mais no alto, cheguei ao chão batendo de capacete no tanque da moto, de um modo desajeitado e dolorido.
Tentei ignorar a testa dolorida e o cóccix rachado e tornei a acelerar, me aproximando quase que instantaneamente da próxima curva. A partir desse ponto, que toda a estabilidade do mundo fosse para o inferno. Curvei meu corpo para a frente e pendi um pouco para o lado esquerdo, para que pudesse ganhar força centrípeta o suficiente para realizar aquela curva fechada, prestando atenção a possíveis armadilhas no percurso, pois já estava certo que o caminho traiçoeiro não guardava nenhuma boa surpresa. E, como já estava esperando, se abriu do nada um buraco fundo a poucos metros do fim da curva, num pequeno trecho quase reto da via. Sem pensar nas consequências posteriores, tomei impulso e ergui o corpo, tentando dar o máximo de altura que conseguisse à moto, saltando o buraco sem problemas e tendo uma aterrissagem bem mais suave que a primeira. Acelerei, no intuito de terminar o mais rápido possível essa tortura camuflada de aula, arrancando um ronco alto do motor da moto, que agora vinha comendo asfalto como se suas peças de metal lustroso dependessem disso. Só então percebi, me jogando contra o tanque da moto, que algo brilhante estava vindo em minha direção, não só um, mas vários pontos brilhantes em alta velocidade arremessados para matar. Não podia fazer muito pois meus poderes só afetariam organismos vivos. As armas em meus coldres não serviriam contra outros projéteis, então a solução seria tentar não morrer desviando deles. Inclinei o corpo para a direita, tentando sair da rota de colisão dos pontos que conseguia enxergar, sem dar conta de que vinham mais atrás daqueles, e que acertaram o farol da moto em cheio, dando um baque na moto, tirando meu equilíbrio e nisso me acertando de raspão no braço esquerdo, duas delas arranharam minha perna direita em lugares diferentes e estragaram calça em ótimas condições, e umas outras duas ficaram alojada em meu capacete, que por sorte era suficientemente denso para não deixá-las chegar até minha cabeça.
As shuriken cessaram, e então ganhei força novamente enquanto acelerava para a outra curva, ganhando tempo para pensar no porvir. Ao longe já podia ver o chão se abrindo e revelando o dito aro, que se incendiou ao ser completamente movido. Já tendo saltado de um buraco sem problemas maiores, avancei com tudo para cima do obstáculo, impulsionando meu corpo, arriando o guidão e atravessando-o de uma vez sem me preocupar com as chamas aos redor, ou se por acaso a moto poderia explodir. O que me importava era só terminar esse percurso!
A aterrissagem foi suave e consegui não perder velocidade. De depende eu estava voando em direção à chegada, e aquela calmaria toda fazia parecer que os obstáculos finalmente tinham acabado, depois de tanto sofrimento continuo... Mas ainda era cedo para pensar isso, pois alguma coisa havia de atingido por trás e feito todo o metal do veículo balançar. Esferas de ferro maciço me seguindo velozmente pelo asfalto, como se fossem pequenos policiais atrás de um bandido procurado. O ponto positivo era que as bolas de ferro eram grandes o bastante para serem acertadas por balas de pistola. Saquei uma das minhas armas em um coldre e quanto guiava desajeitadamente o veículo ainda na direção da chegada, usando toda a habilidade possível para atirar a queima roupa, com uma mão só. Embora conseguisse acertar e desviar a rota de algumas esferas, meu lado esquedo ainda sofria com pancadas repentinas e minha atenção desviada tornava difícil estimar distâncias. Desisti de atirar assim que meu cartucho ficou sem munição — e eu sem paciência para trocá-lo numa moto em movimento — voltando a acelerar loucamente em direção à ultima curva antes do final do trajeto. Foi a pior das voltas, poderia ter derrapado, ter sido lançado da moto e quebrado algumas costelas, a bacia e quiçá o pescoço na queda em alta velocidade, porém isso não aconteceu, acho que graças a alguma entidade divina da boa sorte ou coisa parecida.
As bolas de ferro ainda me perseguiam, embora uma parte delas tivesse sido perdida na curva e outra estivesse deformada por tiros, de aproximavam rápido e em breve me alcançariam.
O fim se aproximava, a mais ou menos meio quilômetro, e as esferas não haviam desistido. Agora se aproximavam pelas laterais, rentes à roda traseira e ao cano de descarga. Tentavam parar a moto à força, imprensando minhas pernas e as peças. Teria de suportar apenas mais um pouco...
Larguei o acelerador, tentando fazer tudo aquilo parar de uma vez como uma desistência, apesar da distância entre mim e o fim ser quase desprezível no fim das contas. O conjunto Luuk, moto e bolas de ferro havia ultrapassado a chegada, e tudo o que saiu da minha boca depois disso foi:
— S'il vous plaît... Ajudem...
Estava meio ensanguentado, meu capacete tinha estrelas de metal fincadas nele e eu ainda estava em cima de uma moto inacreditavelmente segurada por esferas de metal. Depois da queda abrupta do que foi um pico de adrenalina monumental, consegui apenas me sentar no chão, respirando pesadamente e pensando em como faria para descolar alguns analgésicos antes do meu próximo turno no Korova...

Bordeaux
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Luuk Bordeaux
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