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Investigação - Aula 1

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Mensagem  Antony Romazzi Dom Out 11, 2015 12:10 am


Investigação – Aula 1    


Antony chegou bem cedo até a sua sala de aula, haviam preparativos as serem feitos, e tudo precisava estar certo para quando os alunos chegassem. Não queria passar nenhuma impressão de despreparo ou erro na primeira aula. Afinal dizem que a primeira impressão é a que fica.
Organizou todo o material disposto na sala: no canto próximo a lousa colocou uma pequena mesa com uma toalha branca e sobre ela duas caixas de madeira escura que ele havia preparado na noite anterior. Aquilo ficaria durante a aula escondidos atrás de um biombo, também madeira escura, que não permitia ninguém ver o que ocorreria lá do ângulo onde os alunos estariam sentados. Manter o segredo e o mistério eram as necessidade básicas daquela aula, para tudo funcionar devidamente.
Gerou sobre si proteções contra ataques psíquico e mentais de forma preventiva a certos alunos “espertinhos”. E então, por fim, o professor escreveu na lousa com letras grandes e bem legíveis as seguintes sentenças:

“Nocivos itens eclodem das almas maléficas.
Divagam admirados
os ursos o-níricos.”

Assim, com tudo pronto e planejado Antony se pôs a esperar que os alunos chegassem para dar início à aula enquanto estava sentado em sua cadeira usando roupas formais e escuras, que logo os alunos notariam que era o padrão de vestimenta dele.
A cada aluno que entrava, ele acenava com a cabeça dava um breve cumprimento em tom baixo de voz.
E assim que teve todos os alunos presentes e em seus lugares, ele levanta e tenta lhes dar um sorriso de boas, porém o sorriso pode ter parecido para alguns como falso, frouxo ou estranho, não era muito do costume de Antony ser acolhedor, mas estava ali se esforçando para.  Após tal tentativa de sorriso, ele dá início a sua fala.
-Bom dia alunos, sejam bem-vindos. Como já devem saber sou Antony Romazzi, o professor de vocês da disciplina de Investigação...
Faz uma breve pausa, ajeitando os óculos, vendo a reação dos /alunos e até esperando que talvez decidam se apresentar ou comunicar algo, para então continuar.
- Bom, vamos ao assunto principal dessa disciplina... O ato de investigar envolve observação atenta sobre os objetos e o cenário, e a capacidade de mentalmente reestruturar uma cena segundo as pistas encontradas. Envolve lógica, muita lógica. Reconhecer o simples, mas sem ignorar possibilidades ao fixar-se numa idéia prévia. Inclusive muitas vezes será necessário, como dizem, se pensar “fora da caixa”, ou seja, sair do padrão básico... Buscar algo ao além... Especialmente ao se tratar de casos que envolvam pessoas que são como todos nessa fundação... Nada comuns...
Antony respira fundo e passa os olhos sobre todos os alunos, esperava que não houvesse olhares confusos de alunos sobre ele quanto ao que dizia, mas era provável que tal coisa ocorreria, então tentando se prevenir decidiu exemplificar um pouco.
- Um exemplo rápido, sobre o que falo. Ao encontrar um corpo caído no chão com um tiro de bala no peito, arma do crime na mão, com traços de pólvora sobre ela e sobre a manga da camisa do morto, seria o mais simples se cogitar um suicídio, o que é muito mais lógico e simples, e com sentido, do que pensar num ataque alienígena com raios laser. Porém, nem tudo foi verificado, e dizer ali que se trata de um suicídio só por isso, é pouco e arriscado. - faz ali uma breve pausa para tentar gerar alguma tensão e atenção dos alunos - Vejamos, ao verificar o histórico da vítima, não se encontra traços de depressão e nem é encontrado carta ou mensagem final, comum de serem deixadas por suicidas. Além do mais, é preciso também checar outros fatores como possíveis conflitos e inimigos da pessoa morta, e claro, a trajetória da bala.
Observa se todos estavam acompanhando sua fala e exemplo.
- E digamos que ao verificar pela altura do homem, altura do ferimento no peito, e buraco feito na parede pela bala, os ângulos e linhas que se formam ao traçar a trajetória da bala, se note que seria impossível que quem atirou fora a própria vítima em si. Logo, a melhor suposição aqui é que temos um caso de assassinado, onde o assassino tentou forjar a aparência de um suicídio na tentativa de sair impune.
-Era sobre isso que falava quanto à lógica, simplicidade sem deixar coisas de lado, pensar fora da caixa e claro, muitas vezes, também, a intuição lhe será grande aliada... Mesmo ao considerar a intuição como sendo algo menos místico e sim um tipo de linha de raciocínio feito por uma pessoa sem que ela mesma se dê conta de todos os processos ocorridos, parecendo uma idéia mágica que lhe surge... Mas, bem, por agora fiquem tranqüilos, não vamos ver nenhum corpo, não por enquanto.
Tentou dar outro sorriso após aquele comentário tolo, era quase uma tentativa sua de fazer um pouco de piada e dar humor a aula. Enquanto observa os alunos esperando que nenhum esteja morrendo de tédio com a explanação feita por ele até ali.
- Depois dessa introdução, vamos à prática... Buscaremos hoje treinar um pouco o raciocínio de vocês, logo, teremos aqui um jogo simples e tranqüilo, sem ocorrência de danos maiores e se utilizando de mensagem codificada. Afinal decifrar códigos, descobrir a mensagem, além de ser ótimo para o treino mental de vocês e acostumá-los a buscar detalhes e aquilo que geralmente se passa batido ou se esconde, fora já também muito útil em guerras e investigações de casos de seriais killers, logo é uma habilidade louvável a se desenvolver dentro do campo investigativo.
Antony lhes dá um sorriso sincero, como um homem levemente animado ao falar sobre o assunto de seu interesse.
- Lembrem-se que foi graças a Alan Turing e sua maquina decodificadora pôde-se ter um grande avanço tecnológico e se vencer a guerra contra os alemães. E que mensagens criptografadas eram a grande pista que envolveu o caso do Assassino do Zodiáco.
O magro professor então seguiu para a lousa apontando para a frase que estava lá escrita desde o início da aula.  
- Vejam a frase da lousa. Todos devem decifrar a mensagem codificada nela, garanto que o padrão de código dela algo bastante simples, quase tanto quando é a “lingua do P”. - pelo menos era o que Antony achava - Entreguem-me um papel com seu nome e a mensagem que descobriram ali, em seguida, um a um, devem seguir até o biombo. Lá, encontraram duas caixas, elas terão aquelas balas doces em formato de feijões, numa das caixas terá as com sabores de frutas, na outra as com sabores nada afáveis: como vômito, terra e cera de ouvido. Você deve escolher a caixa a qual irá pegar suas balas segundo a pita da mensagem que decifrou, ou segundo sua intuição caso não tenha decifrado a mensagem, o que eu duvido que ocorra... Boa sorte e podem começar.
Ele recostou-se sobre parede ao lado da lousa, de forma que pudesse observar a sala e o biombo, era importante ali para ele mais do que ver se os alunos eram capazes de realizar a tarefa, os métodos que utilizariam para tal, suas linhas de raciocínio. Na verdade a maior parte da avaliação correria sobre como desvendariam o código. Rabiscos no papel, anotações, tentativas e idéias.
-A sim, estarei também cronometrando o tempo de vocês e o tempo máximo é de uma hora, mas eu duvido que levem mais de 15 minutos para finalizar. - aquilo não era uma provocação, Antony realmente acreditava na total simplicidade da tarefa e que seria aquilo algo até divertido a todos.. Mas ele sempre fora um ‘nerd’ na época de escola então sua percepção e crença podem estar erradas.

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Mensagem  Victor R. Nijinski Dom Out 11, 2015 10:39 pm

Виктор Нижинский



Não imaginei que algum dia estaria numa escola, sabe... registrado nela. Durante toda minha vida eu aprendi o que precisava com a vida, nas ruas e não me orgulho disso, não é que eu fosse um daqueles pobres coitados de rua, nem sou daqueles que chegam e falam "Me respeite, eu passei por coisas que você nem imagina", deuses quem faz isso é tão idiota e prepotente, eu só aprendi de uma forma diferente da natural humana porque meus meios não são os mesmos, eu vivo o mesmo mundo que todos ao meu redor, só que numa constante perspectiva diferente.

A aula de hoje era com o professor Antony, agora pelo menos eu sei o nome daquele que dias atrás foi o responsável por me ajudar na batalha do baile, era ele também o coordenador pela equipe Allumian, ou seja, creio que um tipo de meu "tutor", tudo isso teria sido interessante se  em algum momento eu tivesse tido contato com ele, uma conversa sequer, isso não foi o caso então eu não sei qual é de fato a real função do professor bonitinho como representante do time roxo.

Ao chegar na sala de aula o Sr. Romazzi já estava sentado esperando que os seus alunos chegassem para apreciar suas artes de ensinamento. O inicio da aula é um tanto quanto teórica onde o professor nos apresenta um tipo de "O que é investigação?", é útil para quem pouco entende do contexto básico do conteúdo e é muito legal ele salientar a informação sobre o mundo em que vivemos estar recheado de pessoas nada comuns, ele mal sabe como a minha realidade é, ele iria pirar, hahahaha.

Eu quase não fazia anotações no meu bloquinho enquanto ouvia o professor, ele era bem claro e lucido no que dizia e em seu exemplo foi característico.

- Você tem história nessa área, não é mesmo? Professor.

Falei para mim mesmo em baixo tom enquanto avaliava a interessante criatura que tentava nos ensinar com certo esforço sobre a arte de investigar, suas citações históricas eram geniais  e conseguia trazer a sua aula um grande traço de realismo e fato, para mim era isso que dava sentido, mostrar que o que aprendemos pode sim ser usado fora da Academia, juro que não levava em consideração seu cargo nos Allumian ou o fato dele ter sido um tipo de protetor para mim na batalha, eu simplesmente havia gostado de sua atuação naquele dia, se ele iria manter o passo eu não faço ideia e nem colocava esperança nisso.

Antony então explicou o que deveríamos fazer, desvendar a mensagem codificada na frase “Nocivos itens eclodem das almas maléficas. Divagam admirados os ursos o-níricos.” e a partir da informação retirada de tão confusa citação nossa obrigação era escolher pegar um doce de uma das duas caixas escondidas atras de um biombo.

Para começar escrevi no meu bloco de notas... [Trecho por MP]

Tinha que ser isso, não havia outra coisa naquela frase que pudesse fazer sentido tão bem quanto aquilo que eu havia encontrado, me levantei  e deixei na mesa do professor a folha com a minha resposta dobrado ao meio o jogo de palavras que fiz para resolver o enigma, assim que deixei a minha resposta para Antony pude notar ser o primeiro a terminar, não me senti orgulhoso disso, o orgulho é a ruína daqueles que creem ser fortes e depois do que vi nessa vida, percebi que sou tudo, menos forte.

Olhei para o professor e acenei com a cabeça, um aceno positivo que ficava entre um pedido de permissão para prosseguir e uma confirmação de que ele havia notado ter recebido minha folha, logo então fui para atras do biombo e pude ver as duas caixas, quase que completamente idênticas, pensar que elas eram a certo modo iguais me fizeram recordar de um filme, isso me fez rir de forma um tanto quanto infantil, mas então peguei uma das caixas e passei a mão por ela, curioso com o que a diferenciava, até que enfim pude sentir o relevo.

[Minha escolha foi mandada por MP]







Victor R. Nijinski
Victor R. Nijinski

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