Diplomacia e Negociação - Aula 1

Antony Romazzi Dom Out 11, 2015 12:06 am

Diplomacia e Negociação – Aula 1

Antony acordou como sempre após pouca noite de sono e muito café, se arrumou colocando as roupas formais de cores escuras que sempre usava e seguiu para sala. Aula de diplomacia e negociação, não era algo complicado a se passar o conteúdo, considerando o modelo comum de escolas, mas ali na Fundação Amalgama se tornava um desafio, não só pelo público que teria ali, mas também ao se comparar com outras aulas que eram mais ativas e variadas, como dar aulas de direção ou sobre combate. Porém, o diretor dos Allumians tentaria ali dar o seu melhor em estimular as mentes dos alunos.
Adentrou discreto na sala de aula parando a lado de sua mesa e logo se apoiando nela, então cumprimentou os alunos:
- Bom dia alunos, bem-vindos à aula de Diplomacia e Negociação, sou Antony Romazzi, e serei o professor de vocês nessa disciplina.
Passou os olhos sobre todos lhes dando um breve sorriso. Gabriel havia insistido com ele na idéia de que sorrir para os alunos era importante, e ele resolveu, mesmo não sendo muito o seu humor, tentar. E então continuou sua fala.
- Vamos aos conceitos básicos. Diplomacia vem do grego: diploma e matos, "objeto duplo, tablete de papel dobrado em dois"... Em suma algo como uma carta de recomendações, um bom termo para aquele que leva contratos e os discute com outros. Diferente do mensageiro que apenas leva a mensagem... O diplomata tem a função de negociar, informar e representar. De forma pacífica, através do discurso, negociação de partes, ouvir e falar, discursar e convencer, deve-se buscar encontrar soluções a conflitos.
Aquela explanação não era nada empolgante, ele sabia, mas era necessária. É preciso se introduzir conceitos antes de trabalhar com eles, mesmo que estes conceitos sejam áridos ou nada divertidos.
- É um engano achar que tal tarefa é simples, sem importância e segura, pelo motivo de se estar longe do campo de batalha. Muitas vezes será ela que irá prevenir guerras ou que um bandido acuado mate um refém. Ás vezes, a forma pacífica é mais trabalhosa do que a forma bélica e física. Às vezes, buscar pela paz é mais dolorido do que a destruição.
- Lembrem que ao ser um diplomata ou negociador, você está representando um grupo todo, algo que vai muito além do que sua existência. O negociador que busca com um sequestrador ter as vítimas livre em segurança, representa ali tanto a força policial quanto o Estado. Logo as suas palavras e promessas não são apenas suas. O mesmo vale para diplomatas representantes de países numa reunião internacional sobre comércio ou sobre conflitos entre países quanto à imigração. Suas palavras serão tomadas como as decisões de toda uma nação. E será toda a nação que sofrerá as conseqüências do que for falado e interpretado nessa reunião.
Encarou os alunos arrumando os óculos, Antony queria frisar a importância daquela aula, mesmo ela não sendo a mais interessante ou animada.
- Logo, esta disciplina apesar de parecer, para muitos de vocês, chata e pesada, tem a função de tentar fazer com que busquem muitas vezes soluções criativas e pacíficas no lugar apenas de sair quebrando tudo. E que possam ter mais palavras e significado a dizer numa entrevista que um jogador de futebol... Muitos de vocês no futuro serão vistos como exemplos para as pessoas, serão mais do que apenas vocês, serão visto como representantes de um ideal ou grupo. Logo as escolhas e palavras de vocês pesarão muito sobre mais do que apenas seus ombros. E eu espero que estejam preparados, muito mais do que apenas aptos a dizer que deram 120% na partida e o time estava unido e tentaram fazer o melhor...
Era aquilo uma tentativa de piada. Antony apesar de saber a seriedade da disciplina não queria ficar sempre sendo um chato, queria poder também passar conforto aos alunos. Mesmo que talvez o humor não fosse seu ponto forte.
- Bom, como apontado, um ponto importante na questão diplomática está no discurso, escolha das palavras, desambiguidade nos seus termos, reconhecer ambiguidades e jogos de palavras na fala dos outros, polidez e classe, a forma de discursar e fluência verbal. Estarão observando mais do que a fala que você faz, conteúdo dela, mas onde pode-se enrolar nela e como faz a fala, sua postura, tom de voz e escolha de argumentos. E nossa primeira aula iremos verificar como estão vocês sobre esse fator.
Desencostou-se da mesa e se aproximou um pouco mais dos alunos.
- Existe uma discussão acerca de um cadastro que pode ser realizado pelo governo para as pessoas que são como todos aqui nessa sala, apresentam poderes e capacidades sobre-humanas. É uma discussão longa e cheia de pontos variados. Muitos se apresentam contra ou a favor da medida. Todos os argumentos devem ser considerados.
Era chegada a hora dos alunos fazerem algo ali, mais do que ouvirem o professor falar. Antony tinha interesse em ver como os alunos reagiriam àquela discussão, não só pela aula, mas por ser também um tópico importante para a vida deles. E caso algum nunca tivesse pensado sobre o assunto, talvez fosse ali o momento. É trabalho do professor formar alunos para a vida.
-Pois bem, a sala será divida de forma aleatória em dois grupos, um que se apresentará a favor e outro contra a este cadastro. Lembre-se que os argumentos que farão aqui não necessariamente apresentam suas idéias pessoais, mas sim o ideal que você representa aqui na aula. Estarei verificando a apresentação de argumentos de cada um e suas posturas.
Passou então a fazer um sorteio dividindo a sala em dois grupos. Após um momento onde mesas e cadeiras eram arrastadas, de forma que cada grupo ficasse reunido em um ponto da sala, estavam aptos a iniciar aquilo.
- Muito bem, agora com os grupos divididos, vocês terão alguns minutos para se preparem, discutirem juntos e logo então seguiremos para as argumentações. Um de cada vez, de cada grupo virá até o centro e apresentará seus argumentos e contra-argumentos. E através deles será visto qual o posicionamento mais forte e sólido pela apresentação das ideias.
Era hora dos alunos agirem e apresentarem seus argumentos. Antony observava tanto a argumentação individual, como também a interação dos alunos dentro de seus grupos. Como se portavam. Tudo seria considerado para a avaliação.

Instruções:

Como Rolar os Dados:

MorpH Dom Out 11, 2015 1:30 am

DIPLOMACIA E NEGOCIAÇÃO

SHAW

JEFFSTER

18 YEARS

Allu

mian

ZUTYX

Provavelmente eu estava sonhando mais uma vez, vendo aquele poste me câmera lenta descer em minha direção e eu por centimetros desviar do impacto que provavelmente me esmagaria me levando a morte imediata, ou talvez eu realmente só esteja lembrando mesmo como foi que eu vim parar neste tipo de lugar com pessoas tão "diferentes", e o que eu poderia dizer sendo que eu mesmo sou igual a elas.

Eu estava esparramado em minha cama completamente bagunçada, com minhas roupas que trouxe quando cheguei ao instituto apenas jogadas ao chão, eu queria até me apressar para a aula e ser pontual como eu sempre fiz desde minha infância mas tinham sido dias terríveis e cruéis em questão de fadiga para mim, o estresse ainda ocupa bastante minha cabeça e eu não sei muito bem como liberar ele de mim para me deixar mais tranquilo, o método de apenas estudar e estudar até esquecer não tem funcionado direito, quer dizer, não funciona mais. Me levantei lentamente do repouso no qual eu me encontrava, puxando uma calça jeans preta contra minhas pernas com toda minha força para apressar o movimento de vesti-la e logo pus uma camiseta roxa na coloração de minha equipe da qual fui designado, também pus uma jaqueta preta de couro qualquer por cima disso, nem me importei em calçar absolutamente nada chamativo afinal eu não estava ali pra agradar ninguém com a minha aparência, deveria mesmo só descobrir mais sobre esse novo mundo que eu faço parte, e isso é tudo. Entrei no banheiro, deu umas puxadas na franja de meu cabelo para a esquerda e direito apenas para deixar menos evidente que acabei de acordar, fazia minhas necessidades diárias como escovar os dentes e etc, finalmente decidia me dirigir em direção a sala de aula.

Andando pelos corredores eu percebia o quanto a estrutura do lugar era velha e acabada, aquele lugar precisava de algumas reformas com urgência, nem que fosse por apenas parecer mais bonito do que é. Assim que virei um corredor já encontrei uma sinalização dizendo que aquela era a classe de minha primeira aula, com um breve sorriso no rosto me aproximei, meu coração deu uma leve acelerada quanto mais chegava perto, provavelmente porque eu não lembrava do que era exatamente ter aula pois havia parado de ir a escola devido a problemas a algum tempo, ou simplesmente porque os alunos todos são jovens que querem quebrar tudo com seus poderes ou metidos que se acham mais fortes do que os outros e eu realmente sabia o que esperar daquelas pessoas dentro da sala, nada além do que rejeição ou até mesmo puxação de saco no mal sentido, estava tão "animado" que mal podia esperar pra acabar o ano. Entrei na sala de cabeça baixa, apenas fitei a pessoa mais importante na classe, este seria o professor que vestia roupas negras e que pelas primeiras palavras que saiam de sua boca eu podia dizer que ele tem uma forma engraçada de se falar, é bastante formal e eu não me lembro de alguém que eu conheço que tenha uma fala tão rebuscada, mas eu não conheço muitas pessoas então eu ignorei e fitando um pouco mais o professor acabei me lembrando que ele era o diretor da minha equipe, muito legal... Me sentei entre as cadeiras do meio do lado esquerdo, onde eu podia ter uma visão mais clara do professor e escutar melhor o que o mesmo teria a dizer, não escolhi sentar na frente pra não ser taxado de super inteligente logo de primeira por algum imbecil. O professor falava algumas coisas que eu realmente não compreendia muito bem pois nunca fui muito ligado ao que acontece em volta do globo ou o que se tornou rotina entre pessoas normais ou analistas de guerra, e etc, mas eu também fazia questão de frisar alguns tópicos em um pequeno caderno que eu trouxe para lembrar de coisas importantes das aulas que eu fosse frequentar, esticava minha mão botando dentro do bolso da frente da mochila tirando uma pochete que guardava meus materiais naturais escolares como lápis, bochava, canetas e diversos outros, tirava uma caneta e fazia pontos em determinada cor no canto esquerdo da primeira página do meu caderno, escrevendo então algumas coisas importantes que o professor dizia, como a escolha de palavras era importante naquela posição e o exatamente significava ser um diplomata em termos de Estado, como evitar uma guerra era importante além do fato de ser muito mais difícil do que evitar uma e outros diversos.

Eu estava sentindo meu corpo um pouco cansado e sem querer deixei vacilar por um momento, e cochilei por uns 3 segundos, mas deve ter sido notável para alguém que prestaria atenção em mim naquele momento apesar de que eu não tinha algum atrativo que fosse puxar a atenção de qualquer um na sala para mim ou até mesmo o professor, deixando isso de lado quando parei para olhar ao meu redor as pessoas começavam a arrastar suas mesas para os determinados cantos da sala do exato nada e apesar disso eram guiadas pelos dedos do professor que em determinado momento apontou em minha direção me mandando ir para a esquerda, eu não entendi bem o porque mas simplesmente o fiz como pediu e fui para aquele canto me juntando a uma quantia de alunos que eu não parei pra prestar atenção em exatamente quantos mas mais uma vez eu dava de ombros. Prestei atenção em poucas palavras que os mesmos diziam, eles pareciam discutir sobre que argumentação deveriam propor que o certo a se fazer o cadastro e contatação do governo para saber sua posição no mundo, que no caso seria uma pessoa "diferente". Eu entre os alunos levantei minha mão e acenei negativamente com a cabeça, estava um pouco frustado mas queria fazer logo isso pra me livrar do fardo.

— Eu farei isso primeiro, eu me proponho e insisto. - Não houve muita contestação, então conclui que eles simplesmente concordavam que eu deveria ser o primeiro, eu me questionava se era por minha face lembrar um nerd, mas eles estava completamente enganados nessa questão pois eu estava completamente desatualizado sobre o assunto então não tinha muito argumentação sobre o mesmo, mas me esforçaria em cima de teorias que eu criei na minha cabeça naquele momento. Assim logo me direcionei ao centro da sala olhando para os dois lados com um breve sorriso de vergonha e timidez, minha primeira aula e fui idiota o bastante pra ser o primeiro a se apresentar de forma constrangedora.

— Seria um completo erro qualquer tipo de pessoa como nós evitar este determinado cadastro, pelo fato de que se vamos usar mesmo nossas habilidades não-naturais para ajudar aqueles necessitados ou mesmo mais fracos porque se esconder de ser conhecido pelo órgão maior que comanda uma determinada nação que no caso seria o governo ? Também devo dizer que a eficiência de nossa função do mundo seria aumentada com recursos acima do que nós temos por nos mesmos, ou seja, com mais recurso sim nós podemos mais. Vale dizer também que pessoas normais se sentiriam mais seguras sabendo que somos controlados e servimos um órgão que essas mesmas conhecem a séculos diferente de nós que elas descobriram não tem nem tanto tempo e ainda sim nem podem dizer por si mesmas se somos perigosos ou não, e acho que pelo bem maior esse cadastro deve sim alcançar todos da nosso meio, considerando que a prioridade é a segurança do mais fraco que não pode se proteger como nós que temos a sorte de ter essas habilidades. - Com isto eu encerrava minha argumentação em cima do que o professor exigiu, e voltava ao lado esquerdo da sala me acomodando na cadeira desconfortável, deu um forte suspiro de alivio por ter sido o primeiro e agora não precisaria mais me expor de forma como aquela, agora apenas apoiava minha cabeça ao meu pulso encostado a cadeira para observar o resto das argumentações vindo dos outros que me rodeavam.

Thanks Evil Queen