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[RP] Sussurros do Além

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Mensagem  Sarah Bloodstone Sex Abr 24, 2015 12:49 am




Imparcial?



Antes de obter uma resposta do garoto, o dr. Romazzi se intromete na minha negociação dizendo que se responsabilizava por mim [RP] Sussurros do Além - Página 2 Tumblr_inline_mgj3qdNxXH1r0yyyf:
"Como se eu fosse uma criança... Isso tira toda minha credibilidade, e não ia ficar assim não... [RP] Sussurros do Além - Página 2 Tumblr_inline_mgj61s9qsJ1r0yyyf" Penso inconformada...
De qualquer forma, apesar de não ser da maneira que eu queria, tinha conseguido o acesso ao corpo... Tá certo que seria um pé no saco trabalhar com o dr. Mau-humor, e ainda com o aprendiz de coveiro pra torrar a paciência:
"Nem os cadáveres devem suportar ele... Espera..." Penso abismada, olhando o garoto enquanto ele falava alguma coisa sobre emprego, morte, ou sei lá oque... "Será que ele é necrófilo? Que nojo... Acho que essa aparência de doente deve vir de algum dos cadáveres que ele deve chamar de 'amorzinho'... [RP] Sussurros do Além - Página 2 Tumblr_m6t365B7Cd1r0yyyf " Penso sentindo um ligeiro mau-estar, imaginando o fetiche que aquela criatura poderia ter por cheirinho de formol ou pela preferência do estado de decomposição das "amadas" dele, e do "perfume natural" delas... [RP] Sussurros do Além - Página 2 Tumblr_m4elb9SbMu1r0yyyf
Depois de algum tempo, vejo que ele estava falando alguma coisa sobre ameaça de morte, e arriscar o emprego por "tão pouco":
- Que ingênuo... Falo baixinho soltando uma risada, sem perceber que havia pensado alto... - Como se eu não tivesse meus meios... Continuo, rindo sozinha e fazendo um sinal negativo com a cabeça... - Esses jovens de hoje... Falo baixinho, ainda pensando alto e olhando a caneta compreendendo a perfeita aerodinâmica daquele objeto, enquanto imaginava de quantas formas diferentes eu poderia arremessá-la se eu quisesse, sem qualquer possibilidade de errar...
O garoto continua cacarejando sobre mais algumas coisas, entregando uma folha:
"Da próxima vez eu pulo essa burocracia se for só você Doutor..." [RP] Sussurros do Além - Página 2 Tumblr_m4yxb7LxQg1r0yyyf Imito mentalmente o moleque do balcão fazendo sutis gestos de brincadeira... "Quem sabe o dr. Mau-humor te dá um biscoitinho de reforço positivo..." Penso segurando uma risada por causa do duplo sentido da piada, enquanto coloco alguns garranchos quase ilegíveis na folha... (Off: Por falar em psicologia comportamental, não deu pra segurar a piada do "biscoitinho"...  [RP] Sussurros do Além - Página 2 Tumblr_m6tix1mGrr1r0yyyf)
Termino de fazer um rabisco qualquer como se fosse assinatura, colocando um coraçãozinho no final pra ficar uma "assinatura" meiga [RP] Sussurros do Além - Página 2 Tumblr_m6tiws1DVu1r0yyyf:
- Agora acho que podemos ver o defunto, que depois dessa enrolação toda já deve estar se decompondo lá na gaveta... Vocês homens complicam tanto as coisas... [RP] Sussurros do Além - Página 2 Tumblr_m7fn2qQ1xj1r0yyyf Falo de forma cínica... - Mas o cadáver não vai se decompôr na gaveta, porque é claro que você não esqueceu do F-O-R-M-O-L, não é mesmo? Falo de forma mais cínica ainda, enfatizando a palavra formol para reforçar o sentido cômico que ela tomava para mim, na imaginação da piada sobre as prováveis preferências "peculiares" que a aparência do garoto indicavam...

Off:


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Mensagem  Antony Romazzi Dom Abr 26, 2015 4:34 am


Papéis…    


Assim que recebo os papeis, eles são tomados de mim pela detetive, que entre sorrisos estranhos e murmúrios, sai os preenchendo como se fosse uma criança do primário em sua caligrafia. Ao receber dela os papais faço uma leve cara de desgosto ao notar a sua assinatura com um coraçãozinho.
“Por que pessoas assim existem?”
Suspiro e rapidamente com a caneta em mãos vou preenchendo os papeis na parte que me consta, tentando fazer uma letra bem legível (diferente de Sarah), nada de ‘letra de médico’, mesmo estando com pressa. Afinal, quanto mais rápido isso fosse resolvido, mais rápido iríamos ver o corpo, e mais rápido estaria eu livre daqueles dois que pareciam duas crianças uma chatiando a outra.
“Pessoas e sua insuportável energia para encher a paciência... Se bem que um deles não é exatamente uma pessoa... De qualquer forma, entidades em geral tendem a me encher a paciência...”
Devolvo os papeis para o jovem loiro e lhe entrego junto o meu distintivo e um documento com foto, tomando o cuidado, com toda discrição, para que não ocorresse de tocá-lo no processo. Eu não queria acidentalmente ali acabar recebendo informações de que tipo de entidade ele era ou gerar qualquer problema ali. E creio que no momento ele também preferia discrição quanto a quem era. Ele seria algo a investigar... Depois.
- Pronto meu caro, creio que agora seja apenas o caso de nos conduzir até os documentos e o corpo, por favor...
Junto da frase pousei sobre ele um leve olhar de cansaço e súplica para que ele não resolvesse criar mais implicâncias. Queria logo resolver aquilo. Se as duas 'crianças' quisessem se matar depois não era meu problema. Bom, talvez fosse, mas não queria me importar no momento com aquilo.
Tornei-me então a detetive num olhar sério e discretamente sussurrei a ela.
- Não precisa agradecer... Só coopera e fica quieta...
Volto a olhar o jovem loiro esperando que ele nos leve até onde precisávamos ir.
“Maldita noite... Eu podia estar dormindo... Droga, eu não sei se alimentei o Friday...”

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Mensagem  Gabriel Pavle Chenkov Dom maio 03, 2015 5:17 pm



Comecei a ignorar os comentários e olhadas negativas dos dois, eles pareciam achar que eu de algum modo estivesse tentando atrapalhar suas vidas ou amola-los de alguma forma enquanto apenas fazia o meu trabalho.

Parei de prestar atenção em seus olhares ou comentário e então apenas fiquei quieto, cocei meus olhos tentando afastar algum sinal de sono e engoli seco pegando os documentos de volta, agora já preenchidos e assinados, notei que Dr. Romazzi havia evitado encostar em mim como que se a ponto dos meus dedos fossem mata-lo levando em consideração que o resto da minha mão estava coberta pela luva sem dedos.

"Ele ja percebeu algo sobre mim, que filho da..."

Fugi de meus pensamentos enquanto dei uma verificada rápida nos documentos e verifiquei no computador velho o código do policial médico, agora aquilo era problema dele e se encontrassem meu cadáver boiando no rio Hudson ao amanhecer muito provavelmente ele seria investigado só pela visita estranha daquela madrugada.

Carimbei os documentos e assinei, depois grampeei um com outro e guardei numa enorme gaveta cheia de documentos, depois a fechei e tranquei. Assim que havia terminado a papelada fui até o telefone e pedi que dois dos seguranças que circulavam pelo estabelecimento de madrugada ficassem no Hall de Entrada do lugar, apenas por garantia que ninguém mexesse em nada enquanto estivessem ocupados. Abri então a porta de acesso para a parte de trás do balcão e a porta que levaria para a atual sala dos registros.

- Podem vir, estávamos fazendo arrumações nos documentos então esta um pouco bagunçado e na mesma sala que os documentos armazenados e arquivos mortos. Por outro lado não vai ser difícil achar. -

Assim que dois dos seguranças apareceram na entrada acenei para eles como um cumprimento e avancei para a sala com arquivos. Gavetas e armários de ferro frio estavam por todos os cantos organizados de forma metódicas com números e letras, códigos simples para identifica-las, abri uma das gavetas logo próxima da porta, caso um dos dois me seguisse não iria muito longe do meu campo de visão e demorou por volta de dois minutos no máximo até que eu achasse uma pasta vermelha com diagnóstico e informações sobre o cadáver que procuravam, era uma pasta graúda, aparentemente com muitas informações, junto com a pasta sai da sala (De preferência que se alguém tenha entrado comigo saia também) e entrego a pasta para Dr. Romazzi trancando a porta atrás de mim.




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Mensagem  Sarah Bloodstone Sáb maio 09, 2015 12:26 am




Imparcial?



A última coisa que se quer é seu nome numa folha datada quando você está a serviço... Uma boa detetive consegue justamente acessar todos os lugares sem deixar rastros de nenhum deles, caso seja impossível por intromissão externa, os garranchos são uma boa ferramenta... Fáceis de fazer, simples de interpretar errado e rápidos pra sumir, nada que uma certa habilidade com fechaduras não ajudasse numa ocasião futura:
"Vamos ver o que a vítima tem a dizer em sua defesa..." Penso séria, seguindo os dois enquanto observava as posições das câmeras ao longo dos corredores... Não era difícil ver os pontos cegos que elas formavam ao longo do caminho...
Tiro uma luva cirúrgica que havia surrupiado, assoprando ela para fazer uma espécie de bexiga em forma de "mãozinha", para cutucar o dr. Mau humor no pescoço com o "dedinho" da bexiga...


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Mensagem  Antony Romazzi Dom maio 10, 2015 12:39 am


Vítima?


Finalmente seguimos para ver papeis e corpo. Aqueles dois parecerem mostrar trégua entre si. E por um instante a detetive pareceu entender meu recado para ficar quieta, pelo menos por um momento.
Seguimos para uma sala o garoto que eu achava que era o estagiário, mas pelo conehcimento do fucnionamento, acho que era funcionário mesmo. “Novinho e já trabalhando nisso... Bom, talvez ele não seja exatamente novinho... Antony depois você pensa sobre o que ele é..” corri os olhos sobre o pálido garoto enquanto ele advertia sobre a possível bagunça da sala, que não encontrei nada realmente bagunçado. E então em meio a gavetas ele pega os papeis e me entrega. E logo passo ela para as mãos da detetive.
- Toma, pode ler primeiro, e acho que já sei boa parte do que estará escrito aí...
Sem muita expressão continuo a seguir Vladmir com a detetive as minhas costas, que no lugar de se entreter com os papeis que havia entregue a ela, tinha resolvido brincar com uma luva cirúrgica (que me pergunto se ela não pegou da minha bolsa também) como se fosse um balão e ficando cutucando meu pescoço.
“Deve ser por isso que ela é detetive e não policial, esse comportamento não seria aceito na corporação... Não que o meu em fazer investigações paranormais paralelas seria aceito também... Droga...”
Suspiro e tento não reagir mais que isso sobre os cutucões da luva no meu pescoço, era melhor ignorar a detetive.
Seguimos então para a sala onde ficavam os corpos, a sala como sempre fria, com suas impessoais gavetas metálicas. O jovem que nos guia puxa uma delas e nos apresenta o corpo da vitima. Por um instante tenho a impressão da sobreposição da imagem dele caído no chão, tiros recém tomados, para ele agora frio, sem vida e sem sangue quente escorrendo. Junto disso na minha mente começaram a gritar varias vozes coisas que pelo acúmulo de vozes ficavam difíceis de entender. Apenas incomodavam e mostravam a urgência de se fazer algo.
Suspiro me controlando e então observo os dois que me acompanhavam. Eu precisava tomar uma atitude e ter informações, mas não seria fácil ser discreto ali com os dois de olho. Precisava calar as malditas vozes na minha cabeça. Só tinha uma saída.
Estreite os olhos, encarei os dois gravemente e de forma ríspida e tentando ser um mínimo intimidador comecei.
- Seguinte, vou fazer algo aqui e não quero uma palavra sobre o assunto. Nem durante e muito menos depois... – os encaro mais gravemente - Caso contrario, uma certa detetive não terá informações interessantes, não terá dinheiro, e garanto que terá vários problemas para continuar andando por aí, e você pode ter certeza disso, nem precisa achar que isso é blefe... E também, pode ser necessário haver conversar e informações saírem por ai sobre a natureza de certo garoto loiro que trabalha num necrotério. Estamos entendidos? Agora silêncio...
Nem sabia se aquilo ia funcionar ou não, mas depois lidaria com isso, era hora de me focar no morto. Tirei do bolso a caixa de fósforo que havia encontrado no galpão, coloquei ela sobre a mão do morto e a minha mão sobre tudo, me concentrei e fechei os olhos.
No início era tudo preto, e silencioso. Mas logo as imagens começaram a vir.
Aquele homem, a vítima, brincando com uma menina de uns 5 anos, ela o chama de padrinho e ambos tomam sorvete juntos.
Depois a menina cresce se torna uma adolescente, uma bela negra, e o padrinho a olha como uma fera em caça. Espreitando a vítima em potencial. Enquanto a garota toma ainda sorvete numa sensualidade que nem percebia ter. Mas o padrinho notava muito bem...

Naquele momento eu já havia entendido onde a coisa ia terminar e queria soltar a mão do homem, mas não conseguia. E talvez, as memórias entendendo minha intenção começaram a vir mais fortes e rápidas.
O homem rasgava as roupas da garota...
Cenas de abuso e sexo forçado...
Briga e resistência dela...
A força e o tamanho maior dele...
A tentativa dela de resistir e se proteger...
Sangue e dor...
E então morte...

Estava tão preso nas imagens que via que nem podia mais fazer nada, ao meu entender eu não consegui me mover, e nem perceber nada do mundo a minha volta. Não pude ver as luzes piscarem, o tremer do corpo que eu segurava a mão e o tremer das portas metálicas geladas. Não vi como aquilo me consumia, minha palidez, suor frio, minhas pernas fraquejarem, eu iria cair logo, mas eu não sentia isso, nem sentia que havia um chão. Saliva que escorria pela minha boca, como se meu corpo quisesse expelir algo de si. As imagens e sensações eram intensas, e continuavam...
A vítima do assassinato tinha também cometido seu crime.
Via caixa de fósforos, o logo do cemitério e então a fachada do mesmo.
O interior dele... Corredores por entre lápides e túmulos.
E de repente, um ponto com a terra ainda fofa, como se tivesse mexido ali.
E no interior daquilo uma caixa, com o corpo em pedaços da menina.

A imagem vai se apagando... Tudo fica preto de novo e ao fundo ouço uma voz de mulher mais velha em desespero gritando pela filha...
- Anielle! Onde está minha filha?! Ninguém a encontrou até agora! Anielle! Onde está você, minha menina?
E então a voz da menina morta vem a minha mente numa única palavra...
-Padrinho...
- Padrinho- balbuciei junto da menina, ma snum tom de voz totalmente diferente do dela.
Sinto então minha mão livre, o baque das minhas costas em algo duro, a frieza do chão. Sinto a dor no meu corpo e um extremo cansaço, como se tivesse feito horas de exercício com febre. Ainda é difícil abrir os olhos. Tudo era pesado. Eu podia ficar assim e morrer ali. Mas, coisas ainda precisavam ser resolvidas.
Abri os olhos e via luz do teto daquela sala, enquanto tentava processar o que havia ocorrido e provável chuva de perguntas que viria dos dois que me acompanhavam.

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Mensagem  Gabriel Pavle Chenkov Qui maio 14, 2015 2:19 pm


Tudo estava indo bem até. A mulher tinha parado de me incomodar e deixou que eu fizesse o meu trabalho o que tornou tudo ainda mais fácil, eu não entendia todo aquele esforço para fazer alguma coisa errada e nunca entenderia, as mulheres são confusas e estranhas, quando algo é difícil, criticam, quando é fácil, dificultam. Bem, talvez seja machismo meu pensar assim, mas quem se importa?

O que me pegou de surpresa foi quando já estávamos no “frigorífico” o Dr. Romazzi resolveu dar sua porção de “susto” básico na Detetive Bloodstone e em mim, provavelmente a ameaça que fez a ela tinha muito mais sentido e força, mas o que ele falou para mim me incomodou muito. Além de que seria estúpido demais imaginar alguém chegando para o superior falando “Gostaria de avaliar o Auxiliar de Necropsia, creio que ele seja uma criatura paranormal”, ou seja, qualquer tentativa do doutor de tornar a minha condição publica serviria apenas para que ele fosse jogado na clínica de algum psiquiatra, o que me incomodava é que ele tinha dado uma informação minha para aquela acéfala metida a gênio que o acompanhava.

A sensação de exposição me embrulhou o estômago e assim que ele terminou a frase olhei para o chão para não demonstrar o desgosto pelo que ele havia falado, mas assim que ele focou novamente no corpo eu voltei a olhar, foi curioso ver toda aquela cena, eu já havia visto pessoas parecidas com esse “médium” e então não fui pego de surpresa, a moça também já devia ter visto coisas do tipo, não importava.

Vi o Doutor mudar de expressões dezenas de vezes e o vi ficar pálido como se sua energia fosse sugada. Percebi sua perna tremer e apesar de estar do outro lado com as costas apoiada nas gavetas opostas eu poderia muito bem ir para perto de Romazzi apenas para tentar segura-lo, já que pude ver suas pernas tremerem, mas isso seria muita tolice minha, então esperei que ele caísse.

A pancada devia ter sido dolorosa, talvez não tanto quanto o que ele podia ter visto, aparentemente as suas visões deviam ter sido deveras traumáticas, assim que percebi que ele havia tomado consciência me aproximei e mesmo sem permissão me abaixei próxima a ele. – Bancado o paranormal, Sr. Grimm, não deveria caçar memórias de mortos sozinho. – Falei segurando seu braço onde a ponto dos meus dedos não encostariam em sua pele e a minha mão esquerda apoiando a suas costas, sabia que ele queria evitar encostar em mim como se eu fosse um enfermo, mas com a minha blusa e luvas isso não seria possível, assim que o ajudei a ficar de pé puxei um banquinho de ferro e o coloquei perto dele para que ele se sentasse e novamente me afastei para o outro lado da sala sem nada comentar.



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Mensagem  Sarah Bloodstone Sex maio 15, 2015 4:35 am




Imparcial?



Vitimologia esperada, informações novas mas nada que realmente ajude na conclusão... Vítima e assassino ainda estavam desconectados tanto pelos depoimentos das famílias, amigos e conhecidos deles, quanto pela própria investigação policial... Mas, nunca dá pra se confiar na polícia quando o assunto envolve um negro, seja como vítima, já que a vitimologia em crimes raciais entram nas categorias de vítimas latentes, ou como assassino, porque é social e historicamente criada atmosfera de dominação sobre as minorias, segregando elas às esferas da criminalidade à partir da dominação de classes... Ou seja, a polícia como instituição nunca é confiável porque é sempre parcial, embora não possa julgar os policiais como indivíduos à partir dessa perspectiva, os honestos sempre são engolidos ou chutados pela atmosfera de dominação das classes minoritárias por uma questão de simples cansaço:
"Hmmm... Droga... Se envolvesse traição extra-conjugal pelo menos a coisa seria mais fácil... Não gosto de trabalhos fáceis, mas pelo menos rendem dinheiro rápido... Bons desafios demoram pra dar o dinheiro, mas garantem reputação..." Penso, analisando os papéis enquanto balançava a bexiga de "mãozinha" para tentar me concentrar...
O dr. mau humorado tinha feito uma ameaça típica de policiais... Qualquer coincidência sobre a dominação de classes só é coincidência na medida em que você não conhece a realidade social, ou então quando você faz um esforço consciente pra não enxergá-la... De qualquer maneira, ele estava errado:
-  Não deveria fazer promessas que não pode cumprir, doutor. Falo com convicção, sem tirar os olhos dos papéis... - O contrário seria muito mais provável, e isso é que não é um blefe. Termino, encarando o dr. Romazzi com um sorriso nos lábios...
Um pai influente, recursos financeiros, contatos nas camadas mais baixas da população, incluindo a polícia... É, seria difícil pensar em alguém que poderia conseguir me ferrar dessa maneira... Mas enfim, o dr. Romazzi faz os seus "seja lá o que for", o que rendia alguns comentários soltos, palavras aparentemente sem sentido, e um tombo que seria engraçado em uma ocasião apropriada:
- Então, essa parada aí é a mesma do galpão? Pergunto, um pouco incrédula... - Decepcionante ter que confiar em um médium pra resolver um caso... Falo um pouco frustrada... - O que conseguiu descobrir? Pergunto séria para o dr. Romazzi...
Pessoalmente, não acreditava no "sobrenatural" como algo possível, por experiência pessoal talvez (ou inexperiência)... Claro, porque se eu não podia acertar, é porque não poderia existir. No entanto, embora colocar informações mediúnicas chão abaixo fosse algo relativamente simples, ignorar uma informação apenas por ser de fonte duvidosa era algo imprudente. Não está na minha lista errar, não por imprudência...


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Mensagem  Antony Romazzi Sáb maio 16, 2015 1:46 pm


explicações…    


Os sentidos voltam, a realidade volta, as memórias acessadas ficam e a dor chega. Voltavam todas as sensações do meu corpo, a dor pela queda, o molhado e gelado da baba pelo rosto e pescoço e a fraqueza nos membros. Aquela visão tinha sugado mais de mim do que imaginava. E o pior, tinha sido nada discreto. Só aquilo, já seria digno de me internar num hospital psiquiátrico.
“O paciente apresenta delírios e alucinações com os mortos, tem sintomas físicos convulsivos seguido de dormência e fraqueza de membros, chegando próximo a catatonia... Que mer**...”
Enquanto me recobrava, tentei sentar no chão, respirar um pouco, ajeitar os óculos e com a manga mesmo do casaco limpar um pouco o rosto da baba.
“Deplorável… E quando eu não sou assim, não é mesmo? Sempre deplorável...”
Suspiro da minha própria desgraça, e então para minha surpresa noto o garoto próximo de mim falando algo sobre o que fiz e me ajudando a levantar e colocando um bando próximo para me sentar.
“Grimm, poderia até usar esse nome, apesar do sarcasmo dele... Foi sarcasmo? Minha cabeça ainda está zonza... Eu podia vomitar aqui agora e aí sim, seria totalmente deplorável... Por que esse moleque me ajudou a levantar?”
Mal me sento e já ouço a voz da detetive também cheia de perguntas. Eu sabia que elas viriam, mas precisava de um momento pra me recompor.
Estiquei a mão fazendo a eles um gesto de espera por um momento e respirei fundo.
-Calma... Primeiro... obrigado senhor Simza pelo apoio... – a voz saiu baixa e seca, não só por não estar bem, mas também por não estar muito acostumado a agradecer a estranhos assim – E creio que não conheça quem possa me acompanhar em “pegar memórias” de mortos... E não faço isso por esporte ou com gosto... É trabalho... E confie em quem quiser... – passo nesse momento os olhos sobre a detetive.
- Muito bem, de volta ao trabalho. - respiro fundo de novo – Talvez precise de vocês dois depois... Resumindo a história. O homem morto aqui, foi vítima de um assassinato por vingança. O espírito de uma garota que ele... ele... abusava... -  as palavras saem mais pesadas do que eu queria, devia ainda estar contaminado com as memórias – Esse homem a matou em meio a uma noite de abuso sexual, e então a enterrou no cemitério como indigente. Eu não sei dizer onde, mas se andar por lá, eu devo conseguir achar o local pelo que vi do cenário... A mãe dela ainda pensa que ela está desaparecida...
Olhei para os olhos da detetive, incrédula claro, como acreditar no que eu dizia. Nem eu acreditaria. Já estava imaginando uma ambulância chegando pra me levar com enfermeiros segurando uma camisa de força com meu nome.
- O espírito da adolescente, atormentado por vingança, foi atrás do homem, possuiu um corpo. Provavelmente o mais suscetível que estivesse por ali. E então o usou para executar sua vingança.  O suspeito de assassinato é realmente inocente. Porém foi ele, ou melhor, seu corpo, que matou a tiros esse homem.
Levo as mãos às têmporas pensando um pouco. Era muita coisa e doía tudo.
-Tem quatro problemas nisso... Um, esse espírito da garota vingativa pode ter enlouquecido e pode resolver matar mais gente, inclusive inocentes, precisa ser encontrado e parado. Dois, é preciso encontrar e desenterrar o corpo da menina no cemitério, entregar ele a mãe, notificar o ocorrido e então dar aos restos mortais da menina o descanso e ritos fúnebres merecidos. Talvez isso seja o suficiente para acalmar o espírito dela... Será necessário alguma justificativa para explicar como foi descoberto sobre a garota, o corpo dela, e o que esse homem fez...
Falava a eles, mais pensando comigo mesmo e organizando minha mente, do que realmente lhes comunicando algo.
- Três, necessário justificar a atitude do jovem que deu os tiros, e provar sua inocência, a polícia nunca vai acreditar na possessão de espírito... Se for possível mostrar o que ele fez a essa menina... Seria fácil dizer que ele teria tentado atacar o jovem para abusar dele e que a morte ocorrida teria sido gerada por legítima defesa, e que o trauma da situação fez o cara perder a memória sobre o fato... E acho que o réu pode ser inteligente para entender a história e entrar no clima... Já que ele provavelmente não conhece a adolescente morta para dizer que ele foi vingá-la, seria algo que a polícia aceitaria para livrá-lo da prisão.
Fixo os olhos sobre a detetive de forma séria.
- E antes que venha questionar minha moral e ética, estou tentando salvar um inocente da prisão e não é exatamente mentira que a morte desse homem foi ocorrida por uma tentativa de abuso e que o cara por trauma passado não se lembra do fato.
Suspirei de novo e olhei para minha mãos e pernas, estava já um pouco melhor.
- E quatro... O que fazer com vocês dois depois do que viram há pouco? Espero que entendam como eu gosto de discrição sobre isso, assim como os dois gostam de discrição sobre quem são e suas atividades. - movo os olhos ao chão de forma resignada – Esquece... Façam o que quiserem... Talvez seja até bom ser logo internado numa clínica e ficar dopado longe da realidade... Apenas, bom usem o que tem aí para inocentar o suspeito e dar um enterro digno a menina... De resto, comigo, dane-se... Eu devia sair da polícia...
Como mais pensava comigo do que realmente conversava com eles, nem notei muito tudo que falei. E falei um pouco mais do que devia. Pelo menos as vozes na minha mente se silenciaram por um momento.
Fiquei em silêncio depois, me recuperando um pouco e esperando aqueles dois me chamarem logo de louco e ligaram para clínica psiquiátrica. No fundo, eu até desejava aquilo de me perder da realidade e da dor. Se bem que eu sabia que remédios podiam amortecer aquilo, mas não remover.
“...a vida é uma droga...”

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Mensagem  Gabriel Pavle Chenkov Seg maio 18, 2015 10:43 pm


Observava ambos do outro lado do local, eu não tinha muito o que falar ou “participar” daquele assunto, não era o meu trabalho nem era do meu interesse, bem... até confesso que fiquei ouvindo o que falavam, não queria interromper nenhum dos dois. A mulher era muito instável e o homem muito rude, nenhum dos dois era simpático ou agradável e eu não tinha muitos motivos para vê-los como qualquer coisa além de parte do meu trabalho.

Dr. Romazzi parecia estar altamente perturbado com o que poderia fazer, ele dava a entender pelo seu comportamento que isso era motivo de vergonha ou que iríamos gritar chamando o de monstro e taca-lo na fogueira, Antony parecia ser incapaz de ver o que ele tinha de bom e se esforçava em ser formal demais, “afastado” demais, em todo caso ou ele é um Sr. Gray da vida ou alguém que viveu coisas muito ruins a ponto de não se dar valor algum, deve ser isso, no fim não importa.

Já a mulher novamente se esforçava em ser desagradável, ela dependia dele muito mais do que ele dela, não entendo o motivo dele mantê-la por perto, muito menos o motivo do descaso que ela tinha com ele. Menosprezando o que ele tinha para oferecer, se ele era tão sem valor para ela porque ela não o largava e o deixava quieto? “Vocês vivos são tão difíceis de entender.”

Assim que tudo tinha sido falado por ambos ainda apoiado nas gavetas do lado oposto de onde ele estava o encarei.

– Senhor Simza é meu pai, me chame de Vladimir e não sei o que você pensaria que vamos fazer, colocar no Facebook ou no Twitter sobre você ter se acabado aqui?

Terminei levantando a sobrancelha esquerda em tom irônico, mas acho que ele não seria capaz de entender isso, o homem é mais morto do que os “moradores das gavetas”.

– Agora, não sei o motivo de falar “vocês” como se eu e a guria fôssemos resolver o caso, até porque nada disso faz parte do meu poder e se eu fosse ajudar alguém não seria desse jeito. Agora, eu sou só um auxiliar de necropsia e é isso tudo o que você sabe sobre mim, não fale como se tivesse alguma coisa para me ameaçar doutorzinho e também pare de falar como se por algum maldito motivo eu tivesse algum interesse de te ferrar, pare também de se lamuriar, você está tentando fazer o certo, né? Mesmo que do jeito errado quer salvar o dia, então para de chorar seus horrores e vai ajudar esses “inocentes”. –

Cocei a parte de trás da cabeça e me encostei novamente nas gavetas encarando minhas unhas da mão esquerda como se elas fossem mais interessantes que o contexto todo, logo depois voltei a ficar atento com ambos.


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[RP] Sussurros do Além - Página 2 Empty Re: [RP] Sussurros do Além

Mensagem  Sarah Bloodstone Sáb maio 23, 2015 8:25 pm




Imparcial?



A lógica dos acontecimentos faziam sentido, mas isso forçaria a investigação a seguir um outro rumo, investigar o passado da vítima pra tentar ser, no mínimo, convincente para a minha contratante em dizer que o marido dela era totalmente inocente, mas que teria que ser preso porque o assassino é um fantasma:
- Isso vai nos levar pra uma investigação paralela, temos que descobrir quem era essa menina. Abusos infantis são processos demorados, feitos por pessoas muito próximas da vítima, temos que rever os depoimentos da família da vítima pra tentar estabelecer quem teria uma relação de apadrinhamento. Falo para os dois...
O garoto dos cadáveres dá um sermão no candidato a Miss Simpatia versão Tilo Wolff Fan Club, o que seria desnecessário na medida em que não fazia diferença nenhuma de onde ele tinha tirado aquelas informações... Já tinha visto gente mais bizarra em outros lugares:
- Não questiono moral nem ética... Já vi fazerem pior com justificativas menos "justas"... Falo de forma indiferente... - E nem eram policiais... [RP] Sussurros do Além - Página 2 Tumblr_inline_mgj626dh0S1r0yyyf Termino, fazendo uma piada... - Pára de choramingar feito um bebê, se vamos plantar evidências pra ligar o assassino com a menina desaparecida, temos que primeiro encontrar evidências do desaparecimento dela e do que aconteceu antes com ela... Falo de forma um pouco dura, tinha uma investigação pra continuar e ainda tínhamos que verificar algumas documentações... - Você ainda pode ser útil... Porque temos duas hipóteses, ou há um corpo lá fora, ou então esse corpo deu entrada como indigente e foi negligenciado pela perícia. Em qualquer uma das duas, vai ter que ser encontrado DNA, seja porque ele já está lá, ou porque alguém vai colocá-lo... Falo de forma sugestiva para o garoto (Vladimir), indicando que seria responsabilidade dele plantar a primeira evidência física que daria um sentido para o caso... - Teremos que olhar os documentos dos indigentes, pra ver se o corpo deu entrada, mas não temos ainda uma idade ou o tempo específico que pode ter acontecido o primeiro assassinato... Se o galpão foi palco de um primeiro crime, teremos que procurar por corpos sem identificação encontrados nas áreas próximas. Um assassino não iria andar com um corpo dentro de um carro, ou colocaria ele próximo do local do assassinato... Falo para os dois, dando um ponto de partida para começarmos...


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[RP] Sussurros do Além - Página 2 Empty Re: [RP] Sussurros do Além

Mensagem  Antony Romazzi Qua maio 27, 2015 11:18 pm


Negociação…    


No discurso enlouquecido que fiz enquanto pensava sobre o caso e tentava colocar em ordem minha mente. Eu acabei falando de mais. E foram coisas nada agradáveis pelas reações dos dois ao meu lado.
Primeiro vieram palavras duras de Vladmir que soaram como vários socos.
“Sermão de um moleque... Antony você se supera em conseguir ser humilhado... Parabéns...”
Aquilo me fez ajustar o corpo no banquinho e ficar mais ereto. Afundando os óculos na cara.
- Certo... Vladmir então...
Mal tive tempo de tentar reorganizar tudo, quando a detetive me acusa de ficar choramingando. Outro tapa moral, tudo que eu precisava, só que não... Estreitei os olhos enquanto a ouvia falar. Nem um pouco feliz com tudo. Mas de certa forma ela me dava alguma ideias.
Bom, os dois me cobravam alguma atitude, então era hora de tentar fazer algo e não pensar em nada sobre mim. Ao menos, ao que parece, nenhum dos dois ia me conduzir a um hospital psiquiátrico.
- Certo...  – cocei um minha testa e me levantei – Senhor Si... Vladimir... desculpe-me... E creio que seu trabalho, sim, pode ser útil e peço sua cooperação, não como policial, mas como uma pessoa qualquer. Sem abusos de autoridade... Creio que realmente tenha aqui papeis que possam se referir sobre indigentes que tenham passado por aqui, creio que possa talvez reconhecer pela foto ou de outra forma a garota caso haja algo sobre ela... - engulo em seco – E também creio que sendo funcionário daqui, possa conseguir nos dar permissão para ir ao cemitério e se encontrar a área da visão que tive, é possível encontrar onde o corpo da garota estava... E se, ainda estiver lá o corpo, bom, Vladimir, precisarei de seus serviços mais formais... Quanto a transporte e análise...
Enquanto falava me aproximei dele colocando as mãos com cuidado nos seus ombros como num gesto de apoio e confiança, lhe pedindo aquele encargo. Após isso, o liberei e me virei para Sarah.
- Claro que para isso, é preciso ter alguma boa justificativa. E aí entra você, cara detetive. – lhe abri um pequeno sorriso sarcástico - Digamos que nos encontramos aqui por coincidência. Eu buscando sobre o assassinato e você buscando sobre o desaparecimento de uma menina, cujo morto aqui tinha ligação com ela em suas pesquisas e resolvemos cruzar alguns dados... Pode ser o primeiro passo...
Suspirei e continuei sobre o que pensava.
- O nome dela é Anielle, não tenho o sobrenome, mas sei a aparência e idade próxima. Então se a mãe dela entrou em contato com a polícia sobre o desaparecimento da filha será fácil para eu conseguir todos os dados sobre. E posso entregar a você. Daí então a senhorita ganha um novo caso. Ira buscar a mãe da garota e buscar a ligação entre este morto e a menina. Terá que correr com dois casos ao mesmo tempo, se quer mesmo provar de alguma forma a inocência do seu primeiro cliente, ou pelo menos dar a ele um bom motivo para o crime que não o conduza a uma prisão. Eu pago pelos seus encargos desse seu segundo caso, se estiver disposta a correr com o trabalho. E assim as coisas correm mais dentro da lei e menos na situação de forja e falsificação.
Pagar a detetive não seria fácil, mas eu nunca fui de gastar muito, nem de sair. Fora o aluguel, alimentação, o básico para sobreviver e coisas para o Friday, não tinha maiores necessidade, então esperava que meu salário e a reserva de dinheiro que tinha fossem suficientes. Terminei minha proposta e esperava para ver a reação dos dois. Esperava que concordassem e não viessem com mais tapas morais e desacordos. Mas, caso esse fosse o caso. Teria que correr sozinho. Não sabia se poderia sozinho liberar um inocente de ser preso, mas ao menos podia lidar com um espírito perdido e dar a noticia a uma mãe sobre a morte da filha. Já era alguma coisa.
“Você nunca da conta de fazer e proteger tudo Antony... Nunca... Nunca foi capaz de proteger aquela pessoa que lhe era especial... Quem dirá os outros... Sempre falho”
Malditas vozes e pensamentos surgindo em mente e me incomodando. Acabei por franzir o rosto e levar as mãos ás têmporas, como se tivesse com dor de cabeça, mas tentava silenciar um pouco as vozes.

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Mensagem  Gabriel Pavle Chenkov Seg Jun 01, 2015 6:32 pm


“ Que noite longa e cansativa. ” Pensei suspirando assim que havia acabado de ouvir o pedido de Antony Romazzi, não era algo complicado de ser feito, mas não era do meu feitio ajudar os mortos, era o meu estilo ajudar a mim mesmo, no máximo alguém que tivesse conquistado minha empatia, coisa que os dois presentes ali tinham falhado miseravelmente. Mas quando aquele homem tocou em meu ombro, senti que havia pesar em sua voz, não senti muita vontade para negar seu pedido,

Assim que o Doutor conversou com a mulher acenei de forma afirmativa.

– Você vai ter a minha ajuda quando precisar, mas acho que hoje já está muito tarde, creio que o que ambos tinham para fazer aqui, bem... já acabou, o meu turno está terminando e logo o Legista substituto vai chegar. Você me passa as características físicas e eu cuida da busca de informações, já os passos seguintes veremos na hora. Não sou médico legista para averiguar o cadáver, acho que seria mais útil você pedir isso para Elizabeth, ou se vamos fazer isso por baixo dos panos, VOCÊ deveria fazer. Sei que cortam corpos na faculda... –

Me interrompi quando uma relação de ideias surgiu em minha mente.

– Pera ae, você não conseguiria fazer a faculdade de Medicina com esse seu dom, seria trabalhoso, desgastante e traumático, não é? Muito pedaços e corpos, tu adquiriste essas habilidades depois de formado, ou seja, não deve tê-las a mais de sete anos eu deduzo. Curioso Dr. Romazzi. –

Sorri quando terminei de concluir a ideia, era algo vago, informações jogadas no vento que capturei acidentalmente, mas me fez pensar sobre o passado do jovem médico a minha frente. Desencostei das gavetas e fui até a direção do local onde estava o corpo do cadáver, terminei de fecha-la e indiquei a porta para que ambos se retirassem.

- Apenas me deixe seu número.


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Mensagem  Sarah Bloodstone Ter Jun 02, 2015 10:25 pm




Imparcial?



Agora estávamos falando a mesma língua... Em ocasiões normais, eu incluiria a investigação da menina estuprada/desaparecida como parte decisiva dos procedimentos, mas uma vez que o dr. Romazzi havia se prontificado de forma tão espontânea em financiar uma investigação paralela voltada apenas para essa parte do caso, não seria eu quem iria contrariá-lo uma vez que estaria sendo eu a beneficiada:
- Vai ser fácil como fazer pressão emocional em sociopatas... [RP] Sussurros do Além - Página 2 Tumblr_m6t4zwFm0P1r0yyyf Falo de forma zuera... - Pedófilos sempre fazem registros, é uma questão de tempo até acharmos os indícios. É patológico, eles só se excitam com isso, do mesmo jeito que um estuprador sempre volta à cena dos estupros, ou guarda as roupas das vítimas, já que não é algo que eles arriscariam fazer com um espaço muito curto de tempo, e as necessidades biológicas não é algo que dá pra ignorar com muita frequência... Falo pensando no que poderia ir atrás primeiro... - Tudo que envolve relações entre as pessoas pode ser reduzido a impulso sexual básico, não é mesmo, Romazzi? [RP] Sussurros do Além - Página 2 Tumblr_m6t500ZcdJ1r0yyyf Termino a pergunta, dando um tapa no popô do dr. Romazzi...


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Mensagem  Antony Romazzi Qua Jun 03, 2015 1:12 am


Acordo…


Para a minha surpresa, o rapaz loiro se prontificou em ajudar. Aquilo me deixou um pouco animado, especialmente depois do que ele tinha dito antes.
Mas claro que as cosias não podiam ser tão boas. De repente, o garoto entra numa linha de raciocínio que começa a me incomodar muito. Não tanto pelo que ele falava, mas pelas lembranças que aquilo evocavam em mim.
Senti um pouco de enjoo e dei alguns passos para trás quase que intitintivamente movido pelas memórias. Respirei fundo me controlando um pouco e olhei para o garoto dando uma reposta seca, mesmo sem querer.
- Exato... fazem 5 anos...
Para minha sorte, a detetive ainda estava lá, a sua forma de falar incomoda e intimista me foram uteis pra tirar o foco das memórias e conseguir me portar melhor ali. Como esperado ela concordara trabalhar por mais dinheiro. Totalmente previsível. E previsibilidade parecia um tema correndo na mente de todos ali, já que ela começa a falar sobre estereótipos de comportamentos de bandidos. Uteis para buscá-los e fazer uma avaliação inicial quando não se tem nada, mas um perigo para cometer muitos erros.
Ia fazer uma critica ao discurso dela, mas antes de pudesse começar ela me dava um tapa na retaguarda. Apenas a encaro de forma firme e séria.
- Lembre-se que eu posso deixar de pagar você por esse tipo de comportamento...
Suspiro e pego na bolsa dois cartões meus e entrego aos dois.
- Muito bem, aqui está meu cartão com contato... Mandem mensagens para que eu possa ter os contatos de vocês. Assim que tiver informações sobre a menina, o desaparecimento e o caso eu ligo e passo a vocês. Creio ter isso em dois dias no máximo.
Pego o celular e envio uma mensagem pedindo um taxi, o mesmo que havia me levado até o local e já havia combinado a volta.
- Bom, boa noite e obrigado pelos serviços, senh- digo, Vladimir.... Se a senhorita deseja uma carona deveria me acompanhar.
Dei uns tapinha sde leve no ombro de Valdmir. E então segui para fora. O expediente dele poderia estar terminando. Ele iria dormir. E provável que a detetive também fosse. Mas eu ainda tinha informações a conseguir. Era só tomar um café forte e continuar a busca. Precisava de muitas coisas em dois dias.


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Mensagem  Sarah Bloodstone Qua Jun 03, 2015 1:35 am

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