[RP] Pega o Ônibus!

Um ônibus desgovernado coloca em risco a todos seus passageiros e a pedestres, mas o herói membro da Liga da Justiça, Jan Katzen Sawiski, conhecido apenas como Katzen, está lá para a ação, chamando atenção do empresário Niklaus T. Griffiths.

Participantes: Jan Katzen Sawiski e Niklaus T. Griffiths
Data: Indefinido
local: Rua próxima à Times Square

⋰⁞ Não vou perder esse ônibus pra cidade ⁞⋱

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Rondava as ruas da cidade, observando tudo o que acontecia. Ver um tigre humanoide passar numa rua era algo que faria muitos correrem, mas só por que esse tigre humanoide era da Liga da Justiça, o tratamento era outro... Queria ver se descobrissem que sou latino-americano descendente de alemães e poloneses... Quase todo imigrante. Aí o preconceito voltaria e com força. Claro, existiam os olhares tortos, mas isso a gente releva... Principalmente quando se vê que precisam de ajuda.

Enquanto eu andava, vi um ônibus passar ao meu lado a toda velocidade, indo na direção do centro da cidade. Pude ouvir gritos estridentes, que bateram nos meus ouvidos de uma forma perturbante. Só que eu sou um membro da Liga, então preciso agir. Não vai dar tempo de ninguém chegar, essa é pra mim.

Vendo o ônibus correr com tudo, começo a persegui-lo com saltos longos e, enquanto saltava, ia me transformando. Os saltos, que ocorriam enquanto estava sob duas patas, começavam a ocorrer comigo sob quatro patas. Minha pelugem ia sendo mudada, abandonando o laranja com partes brancas e listras pretas e passando a ser amarelada, com partes brancas e pintas pretas, com as faixas tradicionais em formato de lágrimas. Minha estrutura corporal ia sendo reduzida, e minha velocidade aumentava. Minhas pernas ficavam mais compridas, ao passo que meu abdômen se retraía. Logo, o tigre humanoide dava espaço para o guepardo.

Claro que, enquanto corria, eu pensava mil vezes no que iria fazer. Eu não iria ter força para parar o ônibus a lá Superman, da maneira que vemos na TV. Ou como o Homem de Ferro faria, exatamente como passa nos jornais. Tomara que não hajam muitas pessoas dentro do ônibus... Ou estou frito.

Pega o ônibus

⋰⁞ Não vou perder esse ônibus pra cidade ⁞⋱

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Seguia correndo atrás do ônibus, o ônibus seguia em velocidade altíssima, eu estava conseguindo acompanhar o ritmo deste, mas não conseguia ficar lado a lado com ele. Já começava a ficar nervoso, então passei a intercalar corridas com longos saltos, para poder chegar mais próximo do ônibus. Num certo ponto - com muito esforço - consegui saltar dentro do ônibus. De todas as pessoas que estavam no ônibus (OFF: 35 pessoas), várias se assustaram ao ver um guepardo quebrando o vidro de trás, até que voltei a minha forma normal e gritei:

- Rápido, por aqui! - gesticulei na direção da janela.

Usando minhas garras, tento cortar a parte de trás do ônibus, mas o metal desta é muito forte, minhas garras não são suficientes para abrir um grande buraco ali. Consigo até tirar bastante, mas não o suficiente. Sem ter muito o que fazer, vou indo para a parte da frente do ônibus, onde alguns passageiros estão desesperados e próximos ao motorista. O ônibus seguia desgovernado, e eu saltei a catraca. Num solavanco, porém, acabei caindo num dos bancos, machucando um pouco um de meus braços. Ao me levantar, passei por algumas pessoas e pude notar o motorista desmaiado. Na hora, agi quase que sem pensar: Arranquei o motorista do volante e tentei assumi-lo.

- Meu Deus, como é que se dirige um ônibus? - bradei na hora, soando quase que como um rosnado.

Naquela hora eu simplesmente fiquei sem saber o que fazer. Meu instinto animal começou a tomar conta de mim novamente, e logo me vi sem entender o que estava acontecendo. As pessoas falavam comigo, mas eu apenas ouvia vozes, não conseguia identificá-las. Tentei falar algo para elas, mas apenas o que saiu foram alguns grunhidos. E do nada comecei a apertar diversos botões, trazendo efeitos adversos: As portas se abriam e se fechavam, o limpador de para-brisas era ativado, o ar condicionado desligava e ligava, e aquilo ia me desesperando. Os passageiros estavam vendo e percebiam que eu não estava conseguindo agir. E o final da rua se aproximava. Numa das vezes que a porta se abriu, uma pessoa caiu do ônibus no chão da rua. Talvez deve ter se ferido um pouco, ralado algumas partes do corpo ou algo do tipo. Não sabia o que fazer, estava animalizado, num estado quase feral, a coisa estava difícil.

Pega o ônibus

⋰⁞ Não vou perder esse ônibus pra cidade ⁞⋱

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Definitivamente eu não era o herói certo para fazer aquele resgate, considerando principalmente que eu não sabia dirigir um ônibus, muito menos sob estado de fera. Naquele momento eu estava completamente desesperado, até que comecei a ouvir alguma voz em minha mente, uma voz que eu não sabia exatamente de quem era, e não conseguia distinguir completamente. A ação que todos no ônibus puderam ver eu fazer foi colocar minhas mãos na cabeça e rugir, olhando para cima.

Dentro da minha cabeça, era como se imagens estivesse passando lá dentro. Era como se eu visse alguém na minha frente. Misteriosamente, eu conseguia entendê-lo parcialmente, estava me chamando, mas eu respondia com grunhidos, demonstrando que o lado que me controlava naquele instante era o lado feral.

Seguia olhando para ele, sem entender muito bem o que ele queria, sem perceber que, do lado de fora, eu seguia desesperado, tentando parar o ônibus.

Pega o ônibus

⋰⁞ Não vou perder esse ônibus pra cidade ⁞⋱

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Minhas ações seguiam descontroladas, eu precisava dar algum jeito de me acalmar. Tanto no plano físico quanto no plano mental. Deixar a memória muscular de lado e ativar a memória cognitiva. Os instintos animais eram algo que eu não poderia evitar, mas poderia conseguir retomar meu controle.

Na minha cabeça, o rapaz seguia falando, mas eu não conseguia o entender. Não era fácil voltar a meu estado humanoide, e eu estava me esforçando. Aos poucos, conseguia pronunciar algumas palavras curtas, ainda misturadas a rosnados e grunhidos. Palavras curtas, mas suficientes, talvez. Entendia um pouco o que ele falava, mas era muito pouco, e eram coisas inconclusivas. Pelo menos naquele estado, inconclusivas.

- Eu... Estar... Eu... Tigre... Estado feral... Preciso... Acalmar... - disse, com muita dificuldade, ainda com medo de fazer algo que causasse a morte dos passageiros.

Pega o ônibus

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Após um tempo, consegui retomar meu controle. Infelizmente, era tarde demais pra parar o ônibus. Não lembrava do que aquele homem tinha dito dentro de minha cabeça. Então eu fiz o que pude, comecei a buzinar - ao passo que abaixava minhas orelhas, por sentir a força do som - e lancei o ônibus na calçada, o fazendo esbarrar nas vitrines de várias lojas, derrubando algumas pessoas no chão. Por sorte, o ônibus acabou por bater numa árvore, quebrando todos os vidros e me atingindo em parte, apenas me fazendo ter um pequeno machucado numa das pernas e alguns pequenos cortes pelo corpo, o suficiente para me fazer mancar, mas que iria passar rápido, decerto.

Os bombeiros chegavam logo em sequência, com suas sirenes altíssimas, me fazendo colocar as mãos nos ouvidos. Descia do ônibus pela janela quebrada, mancando e meio zonzo, e um dos bombeiros veio agradecer, ao me reconhecer como membro da Liga da Justiça.

Ainda meio atordoado, fiz um sinal de positivo com a mão e saí de perto dali, mancando, sentindo pedaços de vidro numa de minhas patas, ficando com um semblante de dor. Olho em volta, muitos curiosos, e alguns comentários maldosos

Pega o ônibus

⋰⁞ Não vou perder esse ônibus pra cidade ⁞⋱

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Seguia caminhando e mancando, sentindo uma forte dor em uma de minhas patas, até que chego na calçada, me sentando ali e olhando para minha pata, tentando tirar os cacos de vidro com os dentes. Estava machucado, uma paramédica se aproximava de mim, me parabenizando pelo salvamento, mas também me informando sobre a morte de três pessoas. Eu a encarava, algumas lágrimas apareciam em meus olhos, eu cerrava um dos punhos com força.

- Eu fracassei em salvar as pessoas.

A paramédica, então, olhava para mim, e me dava um tapinha no braço, para chamar minha atenção. Eu a encarava, e ela literalmente começou a brigar comigo.

- Você é um herói, bichano! Se não fosse você agir ali, mais pessoas teriam morrido. Infelizmente, nós nunca podemos salvar a todos. Eu sou paramédica, sei do que estou falando, já teve muita gente que eu salvei, mas também teve casos da pessoa morrer nas minhas mãos. Você, como combatente e herói, e eu, como socorrista e paramédica, temos nosso papel heróico, mas o heroismo vem em salvar o máximo de pessoas que puder.

Ouvindo aquilo, eu sorria pra ela, e encostava minha cabeça em seu ombro. Ela passava a mão lentamente na minha cabeça, e eu fechava os olhos. No entanto, pude perceber algumas pessoas me encarando, e fiquei olhando para elas. No meio delas, alguém em específico parecia me observar... Estranho...